segunda-feira, setembro 06, 2010

• Deslumbre


Deveras horas do meu dia eu sonhava, por muitos momentos vislumbrei, as horas passavam, os dias cantavam virtudes, quimeras me acudiam por cabeças desorientadas, momentos em pânico. Há como era bom os momentos de refúgio, como ainda são os momentos do descanso, o regalo dos sonhos, do modo em que meus olhos se ajeitam, minha cabeça descansa e deixa os pensamentos-formas voarem livremente por onde bem entenderem.
Meus risos voam tanto quanto os pensamentos, os risos são energia da vida, o riso e o sorriso, quando donde vinha aquele raio de bem estar, o trovão do medo abafava qualquer suspiro de felicidade.
As chuvas formavam o mar de desespero, aonde nunca saíra um sorriso, um singelo e simples riso, nada no mar do desespero, só tormentas impetuosas de delírios maldosos.
O engraçado era quando eu me punha a embarcar na esperança e através do mar desesperador, o barco da esperança reinava, o barco se consolidava, o barco era refúgio, assim como os palcos, assim como meu quarto.
Por vezes outrora o barco se delirava a virar, mas a vela de acalanto inflava e assim o barco prosseguia rumo à lugar algum, rumo ao desconhecido, atravessava o mar do desespero para poder ao chegar em outro lugar, em algum lugar, lugar bom seria esse, local da esperança reinar e dos devaneios serem felizes.

Thiαgo Ψ


Nenhum comentário:

Postar um comentário