quarta-feira, julho 20, 2011

• Balanço


Era tarde, os ventos afagavam meus cabelos, eu estava ali sentada sobre aquele balanço, pra lá a pra cá, no sentindo contrário do vento, gostava de sentir o vento secando meus lábios, quase rachando-os, estava frio. O sol vergonhosamente estava escondido por de trás da colina, todos estavam na casa, não conseguia vê-los lucidamente, mas sei que ali estavam. É assim por vezes, não temos a lucidez de vê-los todas às vezes, mas sempre temos a certeza eminente.
Nunca duvidei de outras existências espirituais, e ali sentando sob aquele balanço, onde os ventos contrários despenteavam todo aquele trabalho que mamãe havia tido pela manhã, ao organizar fio por fio. Ali sentada, sempre sentada.
Tive ímpeto de ter visto um pequeno ser ao correr por trás do arbusto, abismei ao pensar que poderia ser alguma víbora venenosa ou alguma criatura de tamanha periculosidade, mas não, estava engana, pois orelhas pontudas foram avistadas assim que a criatura tornou a mexer.
- Um duende! Gritei aos quatro ventos
- Calada! Em meio a um grunhido, ouvi dizer.
-Senti um enorme arrepio por subir em minha espinha, mas já desesperada a ponto de correr. Ele fez um gesto silenciador.
E ali ficamos totalmente parados, admirados com a diferença, com a novidade, algo que antes nunca havia acontecido. Em minha cabeça pairava a grande dúvida. Pude logo perceber que em seus lábios, verdes e sua pele que lembrava os anfíbios, que haveria de existir no mundo, não apenas o mundo
, mas sim o mundo.


Thiαgo Ψ

2 comentários:

  1. Poxa Thiago sua descrição é incrível,quero ser igual você quando crescer *-* rs.

    Parabéns, você conseguiu mais uma leitora ! (:

    http://da-cuca.blogspot.com/

    -Carol

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  2. rsrs' muito obrigado ! você é também escreve muito bem, admiro seus textos! (:

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